domingo, 4 de dezembro de 2011

Fantástico - Brasil Sem Cigarro - Episódios de 06/11/2011 à 27/11/2011



Você quer parar de fumar? Pois você pode. O Doutor Drauzio Varella está lançando no Fantástico a campanha Brasil sem Cigarro.

A série tem o objetivo de ajudar os dependentes de nicotina a abandonar o vício. O tema foi escolhido porque, segundo relatório do INCA de 2008, o Brasil tem 25 milhões de fumantes e o cigarro é a droga que mais vicia porque provoca a síndrome de abstinência em minutos.

O próprio Drauzio Varella foi fumante por 19 anos e conseguiu abandonar o vício há mais de 20 e para ele uma das dicas mais importantes é marcar uma data para começar o desafio.












Aceite o desafio, ainda da tempo! Pare agora de fumar!

Site oficial: Campanha Brasil Sem Cigarro

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O cigarro e o aparelho respiratório

Nicotina é uma das drogas que provocam maior dependência física e o cigarro não passa de um dispositivo atraente para facilitar seu consumo. Tudo ocorre de forma muito simples: a pessoa põe o cigarro na boca e aspira a fumaça que alcança os pulmões. Dos pulmões, a nicotina passa rapidamente para a circulação, espalha-se pelo corpo inteiro e atinge o cérebro onde exerce sua ação aditiva. Na verdade, ela chega mais depressa ao cérebro quando aspirada do que quando injetada na veia.

O que tem no Cigarro?


Não tenho a menor dúvida de que todo fumante gostaria de deixar de fumar. Mesmo aqueles que afirmam – “Não, não estou interessado” – falam assim porque não conseguem abandonar o cigarro e não porque não o queiram.

A crise de abstinência de nicotina manifesta-se em minutos e é pior do que a de outros alcaloides, como os que existem na maconha, na cocaína e na heroína. Esses ainda permitem ao usuário ficar muitas horas longe deles. A nicotina não dá descanso. A pessoa passa duas horas no cinema. Quando as luzes se acendem, está tão desesperada para fumar que desconsidera os avisos e acende o cigarro ainda na sala de exibição.

O fumante sabe que cigarro dá câncer, infarto, derrame cerebral, mas não se abala com isso. O ser humano não liga para as piores desgraças que lhe possam acontecer, desde que ocorram num futuro distante. A espécie foi selecionada assim. De que adiantava ficar planejando a vida para os vinte anos seguintes, se o homem primitivo não sabia se, no fim do dia, estaria vivo para voltar à caverna trazendo a caça que fora buscar para alimentar a família?

  • AÇÃO DA NICOTINA NO APARELHO RESPIRATÓRIO
Tão logo a pessoa começa a fumar, tem início uma reação inflamatória provocada pela temperatura elevada da fumaça, que queima não só os pulmões, mas toda a via aérea. Prova disso é o reflexo de tosse que acompanha as baforadas dos principiantes. Depois, os sintomas desagradáveis desaparecem e progressivamente vai aumentando o número de cigarros fumados num dia. A combustão resultante dessa agressão térmica gera partículas de oxigênio, os chamados radicais livres, que têm a capacidade de oxidar as estruturas celulares, destruindo a base arquitetônica dos pulmões.

  • APARECIMENTO DOS SINTOMAS

O problema é que as manifestações clínicas custam a aparecer. O pulmão tem uma reserva funcional muito grande. A pessoa vai perdendo área de troca gasosa, mas consegue manter a atividade física. Nessa fase, é comum ouvi-la dizer: “Eu fumo, mas não tenho nenhum problema. Faço tudo o que sempre fiz. Consigo nadar, jogar bola, correr”. Não se pode esquecer de que ela pensa estar realizando tudo normalmente porque não tem idéia de como seria seu fôlego se não fumasse nem de como estará seu pulmão dez anos mais tarde?

  • SEMPRE VALE A PENA PARAR

Apesar de não ser possível fazer regredir completamente a doença causada pelo cigarro – as áreas pulmonares destruídas pelo enfisema nunca voltarão a ficar sadias, por exemplo – há a tendência para significativa melhora funcional. Depois de cinco anos de abstinência, pode-se dizer que a recuperação é tão boa que vale a pena parar de fumar qualquer que seja a idade do paciente. Essa melhora se expande aos  sentidos, como paladar e olfato que também melhoram muito.

Fonte: Site do Dr. Drauzio Varella

Por isso sempre vale a pena parar de fumar!


IMPORTANTE: Para os interessados em largar o vicio procure o CAPs-ad mais próximo ou entre em contato com o Disk saúde do governo federal voltado ao combate do tabagismo.








Visite também: INCA - Tabagismo

 
 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

II Simpósio de Saúde Mental


O consumo de drogas vem tomando proporção de grave problema de saúde pública no Brasil, pela relação comprovada entre o uso e agravos sociais que dele decorrem ou que o reforçam, encontrando ressonância em diversos segmentos da sociedade. Neste sentido, reconhecemos a importância de investirmos na formação de profissionais para atuar no campo específico da saúde mental, sendo essencial a qualificação dos profissionais em serviço e formação dos estudantes de graduação dos diversos cursos da área de saúde na perspectiva do trabalho interdisciplinar, visando atender às necessidades do Sistema Único de Saúde e da Política Nacional de Atenção á Saúde Mental. No dia 10 de outubro comemora-se o Dia Mundial da Saúde Mental e, nesse contexto, convidamos a todos para participarem do II Simpósio de Saúde Mental da UESB que ocorrerá nos dias 13 (18 ás 21:30h) e 14 (8 ás 18h) de outubro de 2011, no auditório Waly Salomão - UESB/Jequié.

As inscrições serão realizadas no dia e no local do evento a partir de 1kg de alimento. A incrissão de trabalhos cientificos a serem apresentados no II Simpósio deverá ser feita enviando um resumo em arquivo .doc para o e-mail simposiosmuesb@gmail.com até o dia 30/09/2011, ás 23h59min.

As duas areais temáticas para as produções são:
Área Temática 1: O cuidado à família que vivencia situações de sofrimento mental. Atenção á Saúde Mental de Grupos Populacionais. Dispositivos de Cuidado em Saúde Mental. Política de Atenção á Saúde mental. Rede de Atenção em Saúde Mental.

Área Temática 2:  O enfrentamento do uso abusivo de Crack, Álcool e outras Drogas: O Sistema Único de Saúde. Políticas Públicas. Planejamento e Gestão em Saúde Mental. Rede de Atenção.


Para maiores informações acessem a página do II simpósio de Saúde Mental link a seguir: http://www.uesb.br/eventos/saude_mental/index.php

Contamos com a presença de todos! 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ações do PET divulgadas no Ministério da Saúde

Após 4 meses de muito planejamento, formação de parcerias e reconhecimento das áreas de atuação começamos definitivamente a fase prática dos nossos objetivos e o resultados dessas ações já podem ser vistas no site do Ministério da Saúde (MS). Dentre as ações estão:






REALIZAÇÃO DE OFICINA COM USUÁRIOS DO CAPS AD

CAPACITAÇÃO DE BOLSITAS COM OFICINA SOBRE FAMÍLIA

 VISITA AO TERRITÓRIO DE ABRANGÊNCIA DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: MICRO-AREAS 

REALIZAÇÃO DE OFICINA SOBRE FAMILIA COM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS)

Visite o link e confira!  Clique aqui

Em breve estarão disponíveis no site do MS muito mais ações já realizadas pelo PET Saúde Mental: Crack, Álcool e outras drogas de Jequié-BA

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Conexão Repórter - Tráfico de Drogas

 

Programa Conexão Repórter, exibido em 03/05/2010. Nessa edição o programa exibido no SBT teve como tema: A rota do tráfico.

 

O Conexão Repórter faz uma longa investigação sobre a origem da cocaína. Na Colômbia, vai a um território onde nem mesmo o exército americano consegue combater as plantações e mostra quem são os agricultores e como o tráfico internacional alicia essas pessoas, além da vida de quem foi expulso de suas terras pelo narcotráfico.


De barco, a equipe atravessa a temida fronteira Brasil, Peru e Colômbia até chegar em Manaus, principal destino de quase toda a coca produzida no mundo, e entrevista narcotraficantes responsáveis pela entrada da droga no Brasil. Eles revelam como subornam policiais, seus armamentos e lucro que conseguem. No Peru, Roberto Cabrini descobre os portos por onde a droga chega pelo rio e vai parar nas mãos dos traficantes cariocas. Na Bolívia, a facilidade no plantio. No terceiro maior produtor de coca no mundo, o programa mostra também como agem as mulas (o ritual de engolir cápsulas). Ainda, Cabrini cobra as autoridades, que admitem: "A guerra contra o tráfico não tem fim".

 

Confira o programa em 5 partes nos vídeos a seguir:

 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Comunidades Terapêuticas integrarão rede pública para tratar dependentes químicos

Brasília-DF, 22/06/2011. Presidenta Dilma Rousseff  durante Encontro com representantes de comunidades terapêuticas no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.A presidenta Dilma Roussef determinou a constituição de um grupo de trabalho sob liderança da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para preparar legislação que permita a inclusão de comunidades terapêuticas no atendimento aos cidadãos dependentes de substâncias químicas. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (22/6), durante reunião com representantes destas entidades ocorrida no Palácio do Planalto. De acordo com pastor Wellington Vieira, que preside a Federação de Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil (Feteb), existem no país cerca de 3 mil comunidades que cuidam de aproximadamente 60 mil dependentes químicos.

 

“Estas entidades atendem atualmente cerca de 80% das pessoas que estão em tratamento”, disse o pastor Vieira.

 

A titular da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), Paulina Duarte, informou que a reunião atende pedido da presidenta Dilma com o objetivo de conhecer o trabalho desenvolvido pelas comunidades. A partir deste momento será estabelecido programa que vai incluir as entidades na rede pública para tratamento de dependentes químicos. Assim estas comunidades passam a receber recursos públicos para prestar o serviço.

 

Numa outra frente, segundo a secretária, o grupo de trabalho vai reformular uma resolução da Anvisa, editada em 2002, para incluir mecanismos permitindo esta participação das comunidades terapêuticas. “A resolução será revista e revisada integralmente”, disse Paulina.

 

Experiência pioneira – Integrante do grupo de representantes de comunidades terapêuticas recebido pela presidenta Dilma Rousseff, o prefeito de Cachoeirinha (RS), Vicente da Cunha, classificou como “muito elogiável” a iniciativa da presidenta de convocar a reunião. Ex-dependente químico e há 15 anos de “cara limpa”, como define, Vicente acredita que o interesse da presidenta em incluir as comunidades terapêuticas em um programa nacional de saúde que será lançado em breve demonstra que o governo federal “chama para si” a responsabilidade pelo tratamento das pessoas dependentes de drogas.

 

Cachoeirinha, integrante da região metropolitana de Porto Alegre (RS), é o primeiro município a contar com uma comunidade terapêutica pública (CTP), a Reviver. Administrada pela prefeitura da cidade, a CTP começou a funcionar em abril deste ano e atende 30 homens dependentes de drogas.

“A iniciativa da presidente é muito elogiável ao ponto de que chama para si a responsabilidade, para o governo federal, na sua presença, com os ministros da Casa Civil, da Saúde e da Justiça (…), de combater essa grande chaga social, que é o álcool e as drogas.”

 

Fonte: Provavelmente – Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br/)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Álcool: uso e consequências

alcool24O álcool é uma substância lícita que possui uma variedade incontável de bebidas ao redor do mundo, obtidas por fermentação ou destilação da glicose presente em cereais, raízes e frutas. É consumido exclusivamente por via oral e sua mensuração feita por doses, sendo que cada dose equivale a 14 gramas de álcool. De modo geral, considera-se que as mulheres correrão menos riscos de desenvolverem problemas de saúde, aquelas que ingerirem até 7 doses de álcool por semana ou 3 por dia, enquanto os homens poderão ingerir até 14 doses na semana ou 4 no mesmo dia.

 

 

  • Efeitos agudos

O álcool é um depressor do cérebro e age diretamente em diversos órgãos, tais como o fígado, coração, vasos e na parede do estômago. Sua intoxicação é o uso nocivo de substâncias é caracterizado pelo consumo de quantidades acima do tolerável para o organismo.

 

Os sinais e sintomas da intoxicação alcoólica caracterizam-se por níveis crescentes de depressão do sistema nervoso central havendo, inicialmente, sintomas de euforia leve, evoluindo para tonturas, ataxia e coordenação motora, confusão e desorientação e atingindo graus variáveis de anestesia, entre eles o estupor e o coma. A intensidade da sintomatologia da intoxicação tem relação direta com a alcoolemia, porém o desenvolvimento de tolerância, a velocidade da ingestão, o consumo de alimentos e alguns fatores ambientais também são capazes de interferir nessa relação.

 

 

  • Efeitos crônicos


O mais comum é a síndrome de abstinência que inicia-se horas após a interrupção ou diminuição do consumo. Os tremores de extremidade e lábios são os mais comuns, associados a náuseas, vômitos, sudorese, ansiedade e irritabilidade. Casos mais graves evoluem para convulsões e estados confusionais, com desorientação temporal e espacial, falsos reconhecimentos e alucinações auditivas, visuais e táteis esse conjunto de sintomas é denominado de delirium tremens.

 

 

  • Complicações clínicas

 

O álcool tem ação tóxica direta sobre diversos órgãos quando utilizado em doses consideráveis, por um período de tempo prolongado.
As mais frequentes são:

 

Estômago: gastrites e úlceras;

Fígado: hepatites tóxicas, esteatose (acúmulo de gordura nas células do fígado, decorrente da ação tóxica do álcool sobre suas membranas), cirrose hepática;

Pâncreas: pancreatites;

Sistema nervoso: lesões cerebrais, demência, anestesia e diminuição da força muscular nas pernas (neurites);

Sistema circulatório: miocardites, predisposição ao depósito de placas gordurosas nos vasos, com risco de infartos, hipertensão e acidentes vasculares cerebrais (derrames).

 

Além de todas estas complicações o álcool aumenta o risco de neoplasias no trato gastrintestinal, na bexiga, na próstata e outros órgãos.

 

 

  • CAPS-ad

 

Você, alguém da família ou amigo(a) possui problemas como álcool? Procure tratamento no CAPS-ad (Centro de Atenção Psicossocial álcool e outras drogas) mais próximo de sua casa. Esse tratamento é realizado por atividades como: atendimento individual; atendimentos grupal; atendimento aos familiares;  oficinas terapêuticas;Visitas domiciliares; tratamento clinico; orientações pedagógicas preventivas, etc.

 

O CAPS-ad é destinado a acolher e cuidar de pessoas com dificuldades decorrentes do uso prejudicial de álcool e/ou outras drogas. O trabalho busca reintegrar o indivíduo à sociedade de forma produtiva e participativa a ambientes sociais e culturais, onde se desenvolve a vida cotidiana e familiar.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Na “cracolândia” do deserto

Agradeço a nosso colega Dado Galvão - documentarista, coordenador do projeto “A Casa Caiu! O Alerta que Vem do Cárcere”, da Pastoral Carcerária da Bahia, por divulgar esse excelente texto abordando o crack. Nele se discute quais os prováveis motivos que leva uma pessoa a buscar a droga e qual segredo pra uma real superação do crack. O texto ainda incorpora de forma interessante passagens bíblicas no seu contexto. Vale a pena conferir!

Site “A Casa Caiu”: http://www.acasacaiu.org/ – Visite e conheça este projeto.

 

 

PQAAAJvasFqFhlJkjFOaQZz2aDYcbqOD7SuhEu48plhCyAbqBc71wGnDJ-UbmmS1fXlrERihPINZWF_LYzmZ4tVpZy8Am1T1UCSUSBEOloCJgK3BEElxd7zduydE

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revelou aumento na circulação da pedra de crack no Brasil, e constatou o alcance nacional do crack, disseminado em todas as regiões do país.  O estudo identificou consumo e circulação de crack em 98% dos municípios brasileiros. Dados que explica o porquê do surgimento em diversas cidades, das chamadas, “cracolândias”, (local frequentado por seres humanos dependentes, onde acontecem intenso consumo, e tráfico de drogas).


Segundo informações extraídas do site “Enfrentando o Crack” criado pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (SNPD), questões psicológicas e sociais, como influência do meio, curiosidade pela experiência, são situações que podem levar ao consumo do crack.


“O inicio do consumo do crack pode estar associado a fatores externos, como disponibilidade da droga no momento do uso e influência do tráfico. Traficante costuma esgotar as reservas de outras drogas nos pontos de distribuição e disponibilizar apenas o crack, como forma de aumentar os lucros”.
Visualizando “cracolândias”, pensando, e (refletindo) na pessoa de Jesus, quando foi enviando pelo Espírito Santo, ao deserto, para ser tentado, penso, que o traficante tanto em um “deserto imaginário”, ou na vida real, assume na analogia, a forma concreta de inimigo da vida, (inimigo de Deus).


“O tentador aproximou-se de Jesus e lhe disse: se és Filho de Deus, ordena que estas pedras se transformem em pães”. (Mt 4-3) Pedras de Crack, “papelotes”, “bocas de fumo” Brasil afora, “alimentam” de forma ilusória, destrutiva, seres humanos de todas as classes sociais, que pelos mais variados motivos do corre-corre da vida, caem em tentação, se afastando de familiares, e amigos, seduzidos pelo tráfico se tornam “noiados”, e entregam suas vidas literalmente ao traficante.


Quantos jovens “tombaram”? Quantos vão “tombar”? Quantas famílias desesperadas? Como cuidar de tantos seres humanos dependentes de crack e outras drogas? A última pesquisa divulgada pelo escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNDOC) aponta que o Brasil tem cerca de 900 mil usuários de cocaína, o país é a principal rota das Américas no trânsito de drogas ilícitas com destino à Europa.


Imaginemos então o filho de Maria de Nazaré, e de José o carpinteiro, sendo tentado por aquele que dá intensa inspiração, ao maldito comércio ilegal das “bocas de fumo”. Em nossa analogia substituímos a palavra “tentador” originalmente contida no texto bíblico, por “traficante”.


“Jesus respondeu ao ‘traficante’ dizendo: está escrito, não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. (Cf. Mt 4-4)

Foi perguntado ao consultor e pesquisador da SNPD, professor José Manoel, “qual é o segredo, a chave do sucesso para uma superação real contra o crack?”
Respondeu o professor: “a vontade de se afastar e permanecer afastado da droga, o apoio social (da família e dos amigos) e um bom sistema sócio-sanitário, que responda às reais necessidades do dependente”.


Não é uma missão fácil abandonar o vicio, e dizer com todas as forças: “retira-te ‘Traficante’!”(Cf. Mt 4, 8-10). Com muita fé, determinação, inspirando-se em Jesus, na sua caminhada pelo deserto, somados a muita resistência, e “orAÇÃO”, será possível superar os efeito, desejos, estragos, causados pela dependência.


Disse dom Hélder Câmara: “É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas a graça das graças é não desistir nunca”. Algumas ações importantes vêm sendo realizadas pelas autoridades. Mas diante da dimensão do problema, precisamos rápido de políticas públicas (concretas e eficazes) para combater os estragos causados pelo crack, e outras drogas.


Todos (sociedade e Estado) temos papeis importante na luta contra as “tentações” causadas pelo tráfico, sendo o estado o principal responsável em oferecer ferramentas para que possamos fazer (em parceria) o enfrentamento, com leis e ações, cada vez mais rigorosas para punir traficantes. É necessário, cada vez mais, incentivar a criação de canais para denúncia, dando proteção ao denunciante, e garantindo tratamento público de qualidade aos dependentes.


Podemos (como Igreja) cada qual com seu dom particular, no exercício da (cidadania) contribuir para que seres humanos (em especial os jovens) sejam mais resistentes (sábios), se por ventura, vivenciarem situação semelhante à vivida por Jesus na “cracolândia” do deserto.

 

“Portanto submetei-vos a Deus; mais resisti ao ‘traficante’ e ele fugirá para longe de vós: aproximai-vos de Deus e ele se aproximará de vós”. (Cf. Tg 4, 7-8)
Deixo minha singela contribuição em forma de referências, onde poderemos extrair abundantes, e seguras, informações de ajuda, prevenção e combate ao crack.

 

“Pela estrada foi trilhando a ilusão, num lamaçal de erros já se encontrou, mas sinceramente você é capaz de enfrentar a vida sem se drogar”. (Extraído da música “Coragem”, composição de Walmir Alencar).

 

Referências:
www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack (Enfrentando o Crack).
www.cracknempensar.com.br (Crack Nem Pensar).
www.cnm.org.br/crack (Observatório do Crack).
www.acasacaiu.org (Vídeos de prevenção da Pastoral Carcerária da Bahia)
Telefone: 0800 510 0015 (Viva Voz, Orientação Sobre Drogas).

 

Fonte: http://jovensconectados.org.br/artigos/83-engajamento-social/521-na-cracolandia-do-deserto

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A história de Johnny

A seguir, um dos momentos da oficina realizada pelo subgrupo de reinserção social, do PET-Saúde Metal: Crack, Álcool  e outras drogas, no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPs ad) de Jequié-BA). Neste momento foi apresentado a historia de Johnny através de um vídeo e em seguida proposto a elaboração de cartazes com imagens, palavras ou desenhos que expressassem os medos e dificuldades dos usuários do serviço para o retorno de uma vida que cada um almeja ter.

drogas-2

--

Johnny conheceu as drogas com 12 anos de idade, quando entrou para o ensino médio de uma escola pública da sua cidade. Era considerado um dos melhores alunos de sua sala, que era composta por garotos mais velhos que repetiam o ano e que já estavam envolvidos com o mundo das drogas.

 

Johnny começou achar um charme usar o cigarro comum, segundo ele se sentia mais homem e cobiçado pelas mulheres, assim como mostrava os comerciais da televisão. Depois Johnny passou usar o álcool na companhia dos amigos, até que um dia teve a coragem de saciar sua curiosidade e experimentou um cigarro de maconha oferecido por amigos e gostou. A partir daí, foram cerca de quatro anos fumando maconha com uma frequência cada vez maior. Aos 17 anos, a maconha já não fazia mais o efeito esperado e decidiu partir para a cocaína.

 

Durante todo o tempo em que esteve envolvido com drogas, Johnny perdeu as amizades, as boas oportunidades nos estudos e, principalmente, a confiança da família. A desconfiança chegou ao ponto de todas as bolsas e os pertences de valor serem escondidos quando ele entrava em casa.

 

Mas com a ajuda da família, que decidiu dar apoio ao tratamento e incentivou a internação, Johnny aceitou ser ajudado e se tratou por nove meses. Para ele, assim como período da gestação, era a criação de uma nova vida. Johnny já sabia que voltar para a sociedade e ser considerado um cidadão comum não seria fácil. Ao chegar em seu bairro percebeu que não era bem visto pela comunidade. As pessoas o olhavam como um criminoso, a família não dava mais a mesma confiança de antes e conseguir o emprego para retomada de sua vida era o desafio maior.

 

Devido a tantas dificuldades Johnny não suportou. Após três meses do término de seu tratamento ele teve uma recaída que fez com que ele usasse o crack e mais cocaína, chegando ao ponto de ir buscar drogas em favelas durante a madrugada ou tentar agredir a mãe, pela falta de dinheiro.

 

Certo dia Johnny estava só em casa, sentiu um vazio dentro de si e refletiu sobre tudo aquilo que acontecia na sua vida. Lembrou do tempo de criança e de todo amor com que era tratado por sua família e sentia saudades da liberdade que tinha de fazer suas escolhas, o que já não podia mais fazer, já que era escravo da sua vontade, dominada pelas drogas. Johnny então pediu a Deus forças para escrever uma nova história.

 

Johnny, por vontade própria, foi então a procura do CAPs ad, um novo serviço de Atenção a Saúde voltada para usuários de drogas, que tinha chegado recentemente em sua cidade. O CAPs ad caiu com uma luva para Johnny, ele não precisava se afastar de sua família para ser tratado. Participava das oficinas e compartilhava experiências com os demais companheiros, preparando-se para enfrentar as mesmas dificuldades de outrora e começar a construir uma nova vida.

 

Veja o vídeo apresentado na oficina através do download nos links a seguir:

 

Tamanho: 14,4 MB

Formato: WMV

Servidores: 4Shared ou ShareX (Link direto)

domingo, 19 de junho de 2011

A REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS DO CAPS AD: RELATO DE EXPERIÊNCIA

RelatoA seguir, texto elaborado pelo subgrupo de reinserção social do PET-Saúde Metal: Crack, Álcool e outras drogas para participação no Seminário PET-SAÚDE/VS realizado na UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz. Relato baseado em oficina desenvolvida no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPs ad) de Jequié-BA.

 

  • Introdução:

O uso abusivo de substâncias psicoativas é motivo de preocupação dos diversos segmentos sociais e trata-se de um tema que envolve preconceito, uma vez que, frequentemente, a sociedade o associa ao crime e à imoralidade, o que interfere no processo de reinserção social. O objetivo desse trabalho é relatar a experiência de uma oficina sobre os desafios para a reinserção social dos usuários de drogas, realizada por integrantes do Programa de Educação pelo Trabalho Saúde Mental – Crack, Álcool e outras Drogas.

 

  • Material e método:

A oficina foi desenvolvida no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPs ad) de Jequié-BA, em maio de 2011, com treze usuários do sexo masculino, na faixa etária de 25 a 52 anos. O trabalho consistiu em: dinâmica de apresentação; exposição de vídeo com o relato da trajetória de um usuário desde o início do envolvimento com as drogas até o processo de reinserção; confecção de cartazes por parte de cada usuário expressando a compreensão da mensagem do vídeo e a relação com vivências pessoais; exposição dialogada com ênfase nos depoimentos dos usuários a respeito do tema abordado.

 

  • Resultados:

A maioria dos usuários referiu sentir medo de maus tratos e abuso de poder por parte da polícia, de ter uma recaída, de não ser aceito no convívio familiar e social e de não recuperar a confiança das pessoas que o cercam. Relataram ainda que o “preconceito é a pior droga” encontrada na sociedade e que usar drogas significa “perder a democracia”, já que seus direitos como cidadãos são indiretamente limitados. Dizem que um dos maiores desafios a ser enfrentado por eles é a barreira existente na procura de emprego, em função do estigma que sofrem por serem usuários de drogas, mesmo estando em tratamento. Referiram sentir-se satisfeitos por serem bem acolhidos no CAPs ad e que apesar de estarem sujeitos à recaída mantém a esperança de superar o uso de drogas.

 

  • Conclusão:

Os usuários demonstraram o desejo de ser reabilitados e de construir uma nova vida, entretanto, acreditam que o preconceito constitui um obstáculo à reinserção social. Assim, é fundamental a realização de ações que visem a promover o exercício da cidadania e a inclusão social do usuário de drogas.

 

Palavras-chave: Reinserção social. Preconceito. Drogas.

 

Autores: Ângelo de Andrade Rocha1; Danielle Batista Silva Ferreira1; Enne Jamille Brandão1; Julia Ribeiro Veloso1; Luan Gomes Conceição1; Maitana Carvalho Cardozo1; Edite Lago da Silva Sena2; Maria de Fátima Cordeiro Alves3; Patrícia Anjos Lima de Carvalho4; Viviane Santos Souza4. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)-Jequié-BA-Brasil. PET Saúde Mental/Ministério da Saúde (MS). E-mail: petsaudementalsol@gmail.com

1Bolsistas; 2Tutora/Coordenadora; 3Preceptora; 4Professora e Mestranda (UESB), respectivamente (colaboradoras do PET-Saúde Mental).

Twitter Delicious Facebook Feed Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Dcreators