domingo, 4 de dezembro de 2011

Fantástico - Brasil Sem Cigarro - Episódios de 06/11/2011 à 27/11/2011



Você quer parar de fumar? Pois você pode. O Doutor Drauzio Varella está lançando no Fantástico a campanha Brasil sem Cigarro.

A série tem o objetivo de ajudar os dependentes de nicotina a abandonar o vício. O tema foi escolhido porque, segundo relatório do INCA de 2008, o Brasil tem 25 milhões de fumantes e o cigarro é a droga que mais vicia porque provoca a síndrome de abstinência em minutos.

O próprio Drauzio Varella foi fumante por 19 anos e conseguiu abandonar o vício há mais de 20 e para ele uma das dicas mais importantes é marcar uma data para começar o desafio.












Aceite o desafio, ainda da tempo! Pare agora de fumar!

Site oficial: Campanha Brasil Sem Cigarro

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O cigarro e o aparelho respiratório

Nicotina é uma das drogas que provocam maior dependência física e o cigarro não passa de um dispositivo atraente para facilitar seu consumo. Tudo ocorre de forma muito simples: a pessoa põe o cigarro na boca e aspira a fumaça que alcança os pulmões. Dos pulmões, a nicotina passa rapidamente para a circulação, espalha-se pelo corpo inteiro e atinge o cérebro onde exerce sua ação aditiva. Na verdade, ela chega mais depressa ao cérebro quando aspirada do que quando injetada na veia.

O que tem no Cigarro?


Não tenho a menor dúvida de que todo fumante gostaria de deixar de fumar. Mesmo aqueles que afirmam – “Não, não estou interessado” – falam assim porque não conseguem abandonar o cigarro e não porque não o queiram.

A crise de abstinência de nicotina manifesta-se em minutos e é pior do que a de outros alcaloides, como os que existem na maconha, na cocaína e na heroína. Esses ainda permitem ao usuário ficar muitas horas longe deles. A nicotina não dá descanso. A pessoa passa duas horas no cinema. Quando as luzes se acendem, está tão desesperada para fumar que desconsidera os avisos e acende o cigarro ainda na sala de exibição.

O fumante sabe que cigarro dá câncer, infarto, derrame cerebral, mas não se abala com isso. O ser humano não liga para as piores desgraças que lhe possam acontecer, desde que ocorram num futuro distante. A espécie foi selecionada assim. De que adiantava ficar planejando a vida para os vinte anos seguintes, se o homem primitivo não sabia se, no fim do dia, estaria vivo para voltar à caverna trazendo a caça que fora buscar para alimentar a família?

  • AÇÃO DA NICOTINA NO APARELHO RESPIRATÓRIO
Tão logo a pessoa começa a fumar, tem início uma reação inflamatória provocada pela temperatura elevada da fumaça, que queima não só os pulmões, mas toda a via aérea. Prova disso é o reflexo de tosse que acompanha as baforadas dos principiantes. Depois, os sintomas desagradáveis desaparecem e progressivamente vai aumentando o número de cigarros fumados num dia. A combustão resultante dessa agressão térmica gera partículas de oxigênio, os chamados radicais livres, que têm a capacidade de oxidar as estruturas celulares, destruindo a base arquitetônica dos pulmões.

  • APARECIMENTO DOS SINTOMAS

O problema é que as manifestações clínicas custam a aparecer. O pulmão tem uma reserva funcional muito grande. A pessoa vai perdendo área de troca gasosa, mas consegue manter a atividade física. Nessa fase, é comum ouvi-la dizer: “Eu fumo, mas não tenho nenhum problema. Faço tudo o que sempre fiz. Consigo nadar, jogar bola, correr”. Não se pode esquecer de que ela pensa estar realizando tudo normalmente porque não tem idéia de como seria seu fôlego se não fumasse nem de como estará seu pulmão dez anos mais tarde?

  • SEMPRE VALE A PENA PARAR

Apesar de não ser possível fazer regredir completamente a doença causada pelo cigarro – as áreas pulmonares destruídas pelo enfisema nunca voltarão a ficar sadias, por exemplo – há a tendência para significativa melhora funcional. Depois de cinco anos de abstinência, pode-se dizer que a recuperação é tão boa que vale a pena parar de fumar qualquer que seja a idade do paciente. Essa melhora se expande aos  sentidos, como paladar e olfato que também melhoram muito.

Fonte: Site do Dr. Drauzio Varella

Por isso sempre vale a pena parar de fumar!


IMPORTANTE: Para os interessados em largar o vicio procure o CAPs-ad mais próximo ou entre em contato com o Disk saúde do governo federal voltado ao combate do tabagismo.








Visite também: INCA - Tabagismo

 
 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

II Simpósio de Saúde Mental


O consumo de drogas vem tomando proporção de grave problema de saúde pública no Brasil, pela relação comprovada entre o uso e agravos sociais que dele decorrem ou que o reforçam, encontrando ressonância em diversos segmentos da sociedade. Neste sentido, reconhecemos a importância de investirmos na formação de profissionais para atuar no campo específico da saúde mental, sendo essencial a qualificação dos profissionais em serviço e formação dos estudantes de graduação dos diversos cursos da área de saúde na perspectiva do trabalho interdisciplinar, visando atender às necessidades do Sistema Único de Saúde e da Política Nacional de Atenção á Saúde Mental. No dia 10 de outubro comemora-se o Dia Mundial da Saúde Mental e, nesse contexto, convidamos a todos para participarem do II Simpósio de Saúde Mental da UESB que ocorrerá nos dias 13 (18 ás 21:30h) e 14 (8 ás 18h) de outubro de 2011, no auditório Waly Salomão - UESB/Jequié.

As inscrições serão realizadas no dia e no local do evento a partir de 1kg de alimento. A incrissão de trabalhos cientificos a serem apresentados no II Simpósio deverá ser feita enviando um resumo em arquivo .doc para o e-mail simposiosmuesb@gmail.com até o dia 30/09/2011, ás 23h59min.

As duas areais temáticas para as produções são:
Área Temática 1: O cuidado à família que vivencia situações de sofrimento mental. Atenção á Saúde Mental de Grupos Populacionais. Dispositivos de Cuidado em Saúde Mental. Política de Atenção á Saúde mental. Rede de Atenção em Saúde Mental.

Área Temática 2:  O enfrentamento do uso abusivo de Crack, Álcool e outras Drogas: O Sistema Único de Saúde. Políticas Públicas. Planejamento e Gestão em Saúde Mental. Rede de Atenção.


Para maiores informações acessem a página do II simpósio de Saúde Mental link a seguir: http://www.uesb.br/eventos/saude_mental/index.php

Contamos com a presença de todos! 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ações do PET divulgadas no Ministério da Saúde

Após 4 meses de muito planejamento, formação de parcerias e reconhecimento das áreas de atuação começamos definitivamente a fase prática dos nossos objetivos e o resultados dessas ações já podem ser vistas no site do Ministério da Saúde (MS). Dentre as ações estão:






REALIZAÇÃO DE OFICINA COM USUÁRIOS DO CAPS AD

CAPACITAÇÃO DE BOLSITAS COM OFICINA SOBRE FAMÍLIA

 VISITA AO TERRITÓRIO DE ABRANGÊNCIA DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: MICRO-AREAS 

REALIZAÇÃO DE OFICINA SOBRE FAMILIA COM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE (ACS)

Visite o link e confira!  Clique aqui

Em breve estarão disponíveis no site do MS muito mais ações já realizadas pelo PET Saúde Mental: Crack, Álcool e outras drogas de Jequié-BA

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Conexão Repórter - Tráfico de Drogas

 

Programa Conexão Repórter, exibido em 03/05/2010. Nessa edição o programa exibido no SBT teve como tema: A rota do tráfico.

 

O Conexão Repórter faz uma longa investigação sobre a origem da cocaína. Na Colômbia, vai a um território onde nem mesmo o exército americano consegue combater as plantações e mostra quem são os agricultores e como o tráfico internacional alicia essas pessoas, além da vida de quem foi expulso de suas terras pelo narcotráfico.


De barco, a equipe atravessa a temida fronteira Brasil, Peru e Colômbia até chegar em Manaus, principal destino de quase toda a coca produzida no mundo, e entrevista narcotraficantes responsáveis pela entrada da droga no Brasil. Eles revelam como subornam policiais, seus armamentos e lucro que conseguem. No Peru, Roberto Cabrini descobre os portos por onde a droga chega pelo rio e vai parar nas mãos dos traficantes cariocas. Na Bolívia, a facilidade no plantio. No terceiro maior produtor de coca no mundo, o programa mostra também como agem as mulas (o ritual de engolir cápsulas). Ainda, Cabrini cobra as autoridades, que admitem: "A guerra contra o tráfico não tem fim".

 

Confira o programa em 5 partes nos vídeos a seguir:

 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Comunidades Terapêuticas integrarão rede pública para tratar dependentes químicos

Brasília-DF, 22/06/2011. Presidenta Dilma Rousseff  durante Encontro com representantes de comunidades terapêuticas no Palácio do Planalto. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.A presidenta Dilma Roussef determinou a constituição de um grupo de trabalho sob liderança da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para preparar legislação que permita a inclusão de comunidades terapêuticas no atendimento aos cidadãos dependentes de substâncias químicas. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (22/6), durante reunião com representantes destas entidades ocorrida no Palácio do Planalto. De acordo com pastor Wellington Vieira, que preside a Federação de Comunidades Terapêuticas Evangélicas do Brasil (Feteb), existem no país cerca de 3 mil comunidades que cuidam de aproximadamente 60 mil dependentes químicos.

 

“Estas entidades atendem atualmente cerca de 80% das pessoas que estão em tratamento”, disse o pastor Vieira.

 

A titular da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD), Paulina Duarte, informou que a reunião atende pedido da presidenta Dilma com o objetivo de conhecer o trabalho desenvolvido pelas comunidades. A partir deste momento será estabelecido programa que vai incluir as entidades na rede pública para tratamento de dependentes químicos. Assim estas comunidades passam a receber recursos públicos para prestar o serviço.

 

Numa outra frente, segundo a secretária, o grupo de trabalho vai reformular uma resolução da Anvisa, editada em 2002, para incluir mecanismos permitindo esta participação das comunidades terapêuticas. “A resolução será revista e revisada integralmente”, disse Paulina.

 

Experiência pioneira – Integrante do grupo de representantes de comunidades terapêuticas recebido pela presidenta Dilma Rousseff, o prefeito de Cachoeirinha (RS), Vicente da Cunha, classificou como “muito elogiável” a iniciativa da presidenta de convocar a reunião. Ex-dependente químico e há 15 anos de “cara limpa”, como define, Vicente acredita que o interesse da presidenta em incluir as comunidades terapêuticas em um programa nacional de saúde que será lançado em breve demonstra que o governo federal “chama para si” a responsabilidade pelo tratamento das pessoas dependentes de drogas.

 

Cachoeirinha, integrante da região metropolitana de Porto Alegre (RS), é o primeiro município a contar com uma comunidade terapêutica pública (CTP), a Reviver. Administrada pela prefeitura da cidade, a CTP começou a funcionar em abril deste ano e atende 30 homens dependentes de drogas.

“A iniciativa da presidente é muito elogiável ao ponto de que chama para si a responsabilidade, para o governo federal, na sua presença, com os ministros da Casa Civil, da Saúde e da Justiça (…), de combater essa grande chaga social, que é o álcool e as drogas.”

 

Fonte: Provavelmente – Blog do Planalto (http://blog.planalto.gov.br/)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O Álcool: uso e consequências

alcool24O álcool é uma substância lícita que possui uma variedade incontável de bebidas ao redor do mundo, obtidas por fermentação ou destilação da glicose presente em cereais, raízes e frutas. É consumido exclusivamente por via oral e sua mensuração feita por doses, sendo que cada dose equivale a 14 gramas de álcool. De modo geral, considera-se que as mulheres correrão menos riscos de desenvolverem problemas de saúde, aquelas que ingerirem até 7 doses de álcool por semana ou 3 por dia, enquanto os homens poderão ingerir até 14 doses na semana ou 4 no mesmo dia.

 

 

  • Efeitos agudos

O álcool é um depressor do cérebro e age diretamente em diversos órgãos, tais como o fígado, coração, vasos e na parede do estômago. Sua intoxicação é o uso nocivo de substâncias é caracterizado pelo consumo de quantidades acima do tolerável para o organismo.

 

Os sinais e sintomas da intoxicação alcoólica caracterizam-se por níveis crescentes de depressão do sistema nervoso central havendo, inicialmente, sintomas de euforia leve, evoluindo para tonturas, ataxia e coordenação motora, confusão e desorientação e atingindo graus variáveis de anestesia, entre eles o estupor e o coma. A intensidade da sintomatologia da intoxicação tem relação direta com a alcoolemia, porém o desenvolvimento de tolerância, a velocidade da ingestão, o consumo de alimentos e alguns fatores ambientais também são capazes de interferir nessa relação.

 

 

  • Efeitos crônicos


O mais comum é a síndrome de abstinência que inicia-se horas após a interrupção ou diminuição do consumo. Os tremores de extremidade e lábios são os mais comuns, associados a náuseas, vômitos, sudorese, ansiedade e irritabilidade. Casos mais graves evoluem para convulsões e estados confusionais, com desorientação temporal e espacial, falsos reconhecimentos e alucinações auditivas, visuais e táteis esse conjunto de sintomas é denominado de delirium tremens.

 

 

  • Complicações clínicas

 

O álcool tem ação tóxica direta sobre diversos órgãos quando utilizado em doses consideráveis, por um período de tempo prolongado.
As mais frequentes são:

 

Estômago: gastrites e úlceras;

Fígado: hepatites tóxicas, esteatose (acúmulo de gordura nas células do fígado, decorrente da ação tóxica do álcool sobre suas membranas), cirrose hepática;

Pâncreas: pancreatites;

Sistema nervoso: lesões cerebrais, demência, anestesia e diminuição da força muscular nas pernas (neurites);

Sistema circulatório: miocardites, predisposição ao depósito de placas gordurosas nos vasos, com risco de infartos, hipertensão e acidentes vasculares cerebrais (derrames).

 

Além de todas estas complicações o álcool aumenta o risco de neoplasias no trato gastrintestinal, na bexiga, na próstata e outros órgãos.

 

 

  • CAPS-ad

 

Você, alguém da família ou amigo(a) possui problemas como álcool? Procure tratamento no CAPS-ad (Centro de Atenção Psicossocial álcool e outras drogas) mais próximo de sua casa. Esse tratamento é realizado por atividades como: atendimento individual; atendimentos grupal; atendimento aos familiares;  oficinas terapêuticas;Visitas domiciliares; tratamento clinico; orientações pedagógicas preventivas, etc.

 

O CAPS-ad é destinado a acolher e cuidar de pessoas com dificuldades decorrentes do uso prejudicial de álcool e/ou outras drogas. O trabalho busca reintegrar o indivíduo à sociedade de forma produtiva e participativa a ambientes sociais e culturais, onde se desenvolve a vida cotidiana e familiar.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Na “cracolândia” do deserto

Agradeço a nosso colega Dado Galvão - documentarista, coordenador do projeto “A Casa Caiu! O Alerta que Vem do Cárcere”, da Pastoral Carcerária da Bahia, por divulgar esse excelente texto abordando o crack. Nele se discute quais os prováveis motivos que leva uma pessoa a buscar a droga e qual segredo pra uma real superação do crack. O texto ainda incorpora de forma interessante passagens bíblicas no seu contexto. Vale a pena conferir!

Site “A Casa Caiu”: http://www.acasacaiu.org/ – Visite e conheça este projeto.

 

 

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Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revelou aumento na circulação da pedra de crack no Brasil, e constatou o alcance nacional do crack, disseminado em todas as regiões do país.  O estudo identificou consumo e circulação de crack em 98% dos municípios brasileiros. Dados que explica o porquê do surgimento em diversas cidades, das chamadas, “cracolândias”, (local frequentado por seres humanos dependentes, onde acontecem intenso consumo, e tráfico de drogas).


Segundo informações extraídas do site “Enfrentando o Crack” criado pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (SNPD), questões psicológicas e sociais, como influência do meio, curiosidade pela experiência, são situações que podem levar ao consumo do crack.


“O inicio do consumo do crack pode estar associado a fatores externos, como disponibilidade da droga no momento do uso e influência do tráfico. Traficante costuma esgotar as reservas de outras drogas nos pontos de distribuição e disponibilizar apenas o crack, como forma de aumentar os lucros”.
Visualizando “cracolândias”, pensando, e (refletindo) na pessoa de Jesus, quando foi enviando pelo Espírito Santo, ao deserto, para ser tentado, penso, que o traficante tanto em um “deserto imaginário”, ou na vida real, assume na analogia, a forma concreta de inimigo da vida, (inimigo de Deus).


“O tentador aproximou-se de Jesus e lhe disse: se és Filho de Deus, ordena que estas pedras se transformem em pães”. (Mt 4-3) Pedras de Crack, “papelotes”, “bocas de fumo” Brasil afora, “alimentam” de forma ilusória, destrutiva, seres humanos de todas as classes sociais, que pelos mais variados motivos do corre-corre da vida, caem em tentação, se afastando de familiares, e amigos, seduzidos pelo tráfico se tornam “noiados”, e entregam suas vidas literalmente ao traficante.


Quantos jovens “tombaram”? Quantos vão “tombar”? Quantas famílias desesperadas? Como cuidar de tantos seres humanos dependentes de crack e outras drogas? A última pesquisa divulgada pelo escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNDOC) aponta que o Brasil tem cerca de 900 mil usuários de cocaína, o país é a principal rota das Américas no trânsito de drogas ilícitas com destino à Europa.


Imaginemos então o filho de Maria de Nazaré, e de José o carpinteiro, sendo tentado por aquele que dá intensa inspiração, ao maldito comércio ilegal das “bocas de fumo”. Em nossa analogia substituímos a palavra “tentador” originalmente contida no texto bíblico, por “traficante”.


“Jesus respondeu ao ‘traficante’ dizendo: está escrito, não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. (Cf. Mt 4-4)

Foi perguntado ao consultor e pesquisador da SNPD, professor José Manoel, “qual é o segredo, a chave do sucesso para uma superação real contra o crack?”
Respondeu o professor: “a vontade de se afastar e permanecer afastado da droga, o apoio social (da família e dos amigos) e um bom sistema sócio-sanitário, que responda às reais necessidades do dependente”.


Não é uma missão fácil abandonar o vicio, e dizer com todas as forças: “retira-te ‘Traficante’!”(Cf. Mt 4, 8-10). Com muita fé, determinação, inspirando-se em Jesus, na sua caminhada pelo deserto, somados a muita resistência, e “orAÇÃO”, será possível superar os efeito, desejos, estragos, causados pela dependência.


Disse dom Hélder Câmara: “É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas a graça das graças é não desistir nunca”. Algumas ações importantes vêm sendo realizadas pelas autoridades. Mas diante da dimensão do problema, precisamos rápido de políticas públicas (concretas e eficazes) para combater os estragos causados pelo crack, e outras drogas.


Todos (sociedade e Estado) temos papeis importante na luta contra as “tentações” causadas pelo tráfico, sendo o estado o principal responsável em oferecer ferramentas para que possamos fazer (em parceria) o enfrentamento, com leis e ações, cada vez mais rigorosas para punir traficantes. É necessário, cada vez mais, incentivar a criação de canais para denúncia, dando proteção ao denunciante, e garantindo tratamento público de qualidade aos dependentes.


Podemos (como Igreja) cada qual com seu dom particular, no exercício da (cidadania) contribuir para que seres humanos (em especial os jovens) sejam mais resistentes (sábios), se por ventura, vivenciarem situação semelhante à vivida por Jesus na “cracolândia” do deserto.

 

“Portanto submetei-vos a Deus; mais resisti ao ‘traficante’ e ele fugirá para longe de vós: aproximai-vos de Deus e ele se aproximará de vós”. (Cf. Tg 4, 7-8)
Deixo minha singela contribuição em forma de referências, onde poderemos extrair abundantes, e seguras, informações de ajuda, prevenção e combate ao crack.

 

“Pela estrada foi trilhando a ilusão, num lamaçal de erros já se encontrou, mas sinceramente você é capaz de enfrentar a vida sem se drogar”. (Extraído da música “Coragem”, composição de Walmir Alencar).

 

Referências:
www.brasil.gov.br/enfrentandoocrack (Enfrentando o Crack).
www.cracknempensar.com.br (Crack Nem Pensar).
www.cnm.org.br/crack (Observatório do Crack).
www.acasacaiu.org (Vídeos de prevenção da Pastoral Carcerária da Bahia)
Telefone: 0800 510 0015 (Viva Voz, Orientação Sobre Drogas).

 

Fonte: http://jovensconectados.org.br/artigos/83-engajamento-social/521-na-cracolandia-do-deserto

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A história de Johnny

A seguir, um dos momentos da oficina realizada pelo subgrupo de reinserção social, do PET-Saúde Metal: Crack, Álcool  e outras drogas, no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPs ad) de Jequié-BA). Neste momento foi apresentado a historia de Johnny através de um vídeo e em seguida proposto a elaboração de cartazes com imagens, palavras ou desenhos que expressassem os medos e dificuldades dos usuários do serviço para o retorno de uma vida que cada um almeja ter.

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Johnny conheceu as drogas com 12 anos de idade, quando entrou para o ensino médio de uma escola pública da sua cidade. Era considerado um dos melhores alunos de sua sala, que era composta por garotos mais velhos que repetiam o ano e que já estavam envolvidos com o mundo das drogas.

 

Johnny começou achar um charme usar o cigarro comum, segundo ele se sentia mais homem e cobiçado pelas mulheres, assim como mostrava os comerciais da televisão. Depois Johnny passou usar o álcool na companhia dos amigos, até que um dia teve a coragem de saciar sua curiosidade e experimentou um cigarro de maconha oferecido por amigos e gostou. A partir daí, foram cerca de quatro anos fumando maconha com uma frequência cada vez maior. Aos 17 anos, a maconha já não fazia mais o efeito esperado e decidiu partir para a cocaína.

 

Durante todo o tempo em que esteve envolvido com drogas, Johnny perdeu as amizades, as boas oportunidades nos estudos e, principalmente, a confiança da família. A desconfiança chegou ao ponto de todas as bolsas e os pertences de valor serem escondidos quando ele entrava em casa.

 

Mas com a ajuda da família, que decidiu dar apoio ao tratamento e incentivou a internação, Johnny aceitou ser ajudado e se tratou por nove meses. Para ele, assim como período da gestação, era a criação de uma nova vida. Johnny já sabia que voltar para a sociedade e ser considerado um cidadão comum não seria fácil. Ao chegar em seu bairro percebeu que não era bem visto pela comunidade. As pessoas o olhavam como um criminoso, a família não dava mais a mesma confiança de antes e conseguir o emprego para retomada de sua vida era o desafio maior.

 

Devido a tantas dificuldades Johnny não suportou. Após três meses do término de seu tratamento ele teve uma recaída que fez com que ele usasse o crack e mais cocaína, chegando ao ponto de ir buscar drogas em favelas durante a madrugada ou tentar agredir a mãe, pela falta de dinheiro.

 

Certo dia Johnny estava só em casa, sentiu um vazio dentro de si e refletiu sobre tudo aquilo que acontecia na sua vida. Lembrou do tempo de criança e de todo amor com que era tratado por sua família e sentia saudades da liberdade que tinha de fazer suas escolhas, o que já não podia mais fazer, já que era escravo da sua vontade, dominada pelas drogas. Johnny então pediu a Deus forças para escrever uma nova história.

 

Johnny, por vontade própria, foi então a procura do CAPs ad, um novo serviço de Atenção a Saúde voltada para usuários de drogas, que tinha chegado recentemente em sua cidade. O CAPs ad caiu com uma luva para Johnny, ele não precisava se afastar de sua família para ser tratado. Participava das oficinas e compartilhava experiências com os demais companheiros, preparando-se para enfrentar as mesmas dificuldades de outrora e começar a construir uma nova vida.

 

Veja o vídeo apresentado na oficina através do download nos links a seguir:

 

Tamanho: 14,4 MB

Formato: WMV

Servidores: 4Shared ou ShareX (Link direto)

domingo, 19 de junho de 2011

A REINSERÇÃO SOCIAL DE USUÁRIOS DO CAPS AD: RELATO DE EXPERIÊNCIA

RelatoA seguir, texto elaborado pelo subgrupo de reinserção social do PET-Saúde Metal: Crack, Álcool e outras drogas para participação no Seminário PET-SAÚDE/VS realizado na UESC – Universidade Estadual de Santa Cruz. Relato baseado em oficina desenvolvida no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPs ad) de Jequié-BA.

 

  • Introdução:

O uso abusivo de substâncias psicoativas é motivo de preocupação dos diversos segmentos sociais e trata-se de um tema que envolve preconceito, uma vez que, frequentemente, a sociedade o associa ao crime e à imoralidade, o que interfere no processo de reinserção social. O objetivo desse trabalho é relatar a experiência de uma oficina sobre os desafios para a reinserção social dos usuários de drogas, realizada por integrantes do Programa de Educação pelo Trabalho Saúde Mental – Crack, Álcool e outras Drogas.

 

  • Material e método:

A oficina foi desenvolvida no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPs ad) de Jequié-BA, em maio de 2011, com treze usuários do sexo masculino, na faixa etária de 25 a 52 anos. O trabalho consistiu em: dinâmica de apresentação; exposição de vídeo com o relato da trajetória de um usuário desde o início do envolvimento com as drogas até o processo de reinserção; confecção de cartazes por parte de cada usuário expressando a compreensão da mensagem do vídeo e a relação com vivências pessoais; exposição dialogada com ênfase nos depoimentos dos usuários a respeito do tema abordado.

 

  • Resultados:

A maioria dos usuários referiu sentir medo de maus tratos e abuso de poder por parte da polícia, de ter uma recaída, de não ser aceito no convívio familiar e social e de não recuperar a confiança das pessoas que o cercam. Relataram ainda que o “preconceito é a pior droga” encontrada na sociedade e que usar drogas significa “perder a democracia”, já que seus direitos como cidadãos são indiretamente limitados. Dizem que um dos maiores desafios a ser enfrentado por eles é a barreira existente na procura de emprego, em função do estigma que sofrem por serem usuários de drogas, mesmo estando em tratamento. Referiram sentir-se satisfeitos por serem bem acolhidos no CAPs ad e que apesar de estarem sujeitos à recaída mantém a esperança de superar o uso de drogas.

 

  • Conclusão:

Os usuários demonstraram o desejo de ser reabilitados e de construir uma nova vida, entretanto, acreditam que o preconceito constitui um obstáculo à reinserção social. Assim, é fundamental a realização de ações que visem a promover o exercício da cidadania e a inclusão social do usuário de drogas.

 

Palavras-chave: Reinserção social. Preconceito. Drogas.

 

Autores: Ângelo de Andrade Rocha1; Danielle Batista Silva Ferreira1; Enne Jamille Brandão1; Julia Ribeiro Veloso1; Luan Gomes Conceição1; Maitana Carvalho Cardozo1; Edite Lago da Silva Sena2; Maria de Fátima Cordeiro Alves3; Patrícia Anjos Lima de Carvalho4; Viviane Santos Souza4. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)-Jequié-BA-Brasil. PET Saúde Mental/Ministério da Saúde (MS). E-mail: petsaudementalsol@gmail.com

1Bolsistas; 2Tutora/Coordenadora; 3Preceptora; 4Professora e Mestranda (UESB), respectivamente (colaboradoras do PET-Saúde Mental).

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Rio no combate as Drogas

Menores usuários de drogas recolhidos no Rio de Janeiro serão obrigados a realizar tratamento contra o vício nos abrigos da prefeitura. A determinação passa a valer a partir da próxima segunda-feira (30) e tem como principal objetivo coibir a expansão das cracolândias pela capital fluminense. Nos últimos dois meses, pelo menos 150 crianças e adolescentes viciados em crack foram retirados das ruas.

Atualmente, a prefeitura do Rio mantém cinco abrigos especializados no tratamento de usuários de drogas em toda a cidade, dos quais apenas um é exclusivo para menores de 8 a 14 anos. Trata-se do centro de recuperação Casa Viva, localizado em Botafogo, zona sul, inaugurado na última terça-feira (24).

Três abrigos estão instalados na zona oeste, dois femininos e um masculino. Já o centro do Rio possui um único centro de recuperação, que atende apenas a mulheres. Segundo a Secretaria de Assistência Social, os cinco espaços oferecem 130 vagas. O número só é considerado suficiente em razão da alta rotatividade.

A prefeitura estima que apenas 30% dos dependentes químicos retirados das ruas permanecem nos abrigos e seguem o tratamento oferecido, que foi elaborado de forma multidisciplinar. Além da fase de desintoxicação e acompanhamento psicológico, os pacientes também têm aulas de educação física, atividades artísticas, entre outros.

Com a nova determinação, o jovem só poderá sair do abrigo quando receber alta da equipe médica - ou se a família provar ao Conselho Tutelar e à Vara da Infância e Juventude que tem tem condições de oferecer a ele tratamento contra o vício. Cada criança e adolescente passará por exames prévios para comprovar a dependência química.

O Ministério Público estabeleceu consenso com a prefeitura do Rio sobre a importância da internação obrigatória, que só se tornou possível a partir de uma nova interpretação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Uma vez que o consumo de drogas pode ser fatal, os órgãos públicos têm o dever de oferecer auxílio para os jovens que sejam dependentes químicos.

  • Assista a reportagem realizada pela Band abaixo:
     
     

Qual sua opinião sobre está ação tomada pelo governo do Rio de Janeiro no combate ao trafico? Deixe seu pensamento nos comentários.
    Fonte: Band.com; Uol notícias

    quinta-feira, 16 de junho de 2011

    Crack verde vendido como "Hulk"

    Traficantes paulistas têm enganado usuários de crack com o que seria uma outra droga, o Hulk. Segundo reportagem divulgada nesta terça-feira (14), no jornal Bom Dia Brasil (TV Globo), o crack disfarçado com este nome vem invadindo as lavouras do interior de São Paulo. 

    Policiais da Delegacia de Entorpecentes apreenderam um adolescente de 13 anos com várias pedras de crack verde, batizado de “Hulk”. A estratégia seria uma tentativa de atrair usuários com uma droga ainda mais poderosa do que o crack. 

    “Nós verificamos que os usuários têm dito que o ‘Hulk’ tem um efeito até maior que o oxi, mas ainda não temos essa confirmação. O que se tem de concreto é o aparecimento, o surgimento desse crack diferenciado para atrair mais usuários”, aponta o delegado Paulo Buchignani, da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) em Botucatu. 

    Para o delegado Reinaldo Corrêa, do Departamento Estadual de Investigações Sobre Narcóticos (Denarc), a maior preocupação é com os trabalhadores rurais, principalmente os cortadores de cana, pois, assim como aconteceu com o crack, eles consomem a droga e têm a falsa impressão de que estão produzindo mais. 

    “Colhendo mais, ele ganha mais dinheiro e ele vai acabar gastando mais com as pedras. Com o tempo, isso se inverte. Ele acaba perdendo o emprego e acaba batendo na prefeitura do município em que ele está, porque ele vai ter graves problemas de saúde”, alerta o delegado. 

    “Saí da casa de recuperação e tive recaída. Quero mudar de vida. Tenho três filhos que eu amo muito. Quero voltar a trabalhar e dar um bom futuro para eles que eu não tive”, diz o desempregado Michel da Silva.

    Segundo os médicos, quando uma pessoa fuma oxi, o querosene usado na produção da droga provoca náuseas, vômitos, tosse, sensação de sufocamento, tremores e até convulsões. Os vapores de cal, que também entram na produção do oxi, irritam os olhos, provocam perda parcial da visão e cegueira. Ou seja, é uma droga extremamente agressiva e extremamente viciante.


    sábado, 4 de junho de 2011

    Justiça suspende Marcha da Maconha em Salvador

    A Justiça baiana concedeu liminar em ação cautelar formulada pelo Ministério Público baiano suspendendo o evento denominado Marcha da Maconha, programado para acontecer no sábado (28), às 14h20, no centro de Salvador. 

    Ao terem conhecimento de que convites vinham sendo feitos para as pessoas participarem da marcha, por meio de um site, os promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), do MP, Ediene Lousado (coordenadora), Paulo Gomes, Gervásio Lopes e Marcos Pontes propuseram uma ação cautelar inominada com pedido de liminar para suspensão do evento, o que foi acatado pela juíza auxiliar da 1ª Vara de Tóxicos, Daniela Gonzaga. Segundo eles, a maconha apresenta um grau elevado de dependência psicológica, sendo considerado crime induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga. 

    Ao determinar a suspensão da marcha, a juíza levou em conta que a medida impede a ocorrência da violação de um bem jurídico relevante para toda coletividade, a saúde pública. Alegam que a discussão sobre a legalidade do uso da maconha não deve ser realizada em praça pública, pois existem outros foros adequados como as universidades ou as casas legislativas.

    segunda-feira, 30 de maio de 2011

    Fantástico - Os Efeitos do Oxi




    Programa Fantástico, exibido em 22/05/2011. Nessa edição o programa exibido pela Rede Globo, reservou  uma de suas reportagens para falar sobre o OXI, droga de baixo custo e altos danos, que vem se alastrando pelo Brasil.

    Confira a reportagem em vídeo ou texto.


    http://www.youtube.com/watch?v=Z-MYTwhA4s4

    O crack apareceu nos anos 80 nos Estados Unidos. Nós não tomamos nenhuma medida preventiva. Sequer educamos as crianças. O que aconteceu? A primeira cracolândia se estabeleceu em São Paulo e a droga se espalhou pelo Brasil inteiro. As estimativas são de que existam 1,2 milhão de usuários de crack pelo país. É uma epidemia. Agora surge o oxi. Uma preparação mais bruta, mais barata da cocaína e ainda mais destruidora do que o crack. É difícil prever o que vai acontecer? Nós vamos assistir passivamente à disseminação do oxi pelo Brasil inteiro? Nós não vamos fazer nada?

    "O oxi é um tipo de crack adulterado. Fundamentalmente todos eles vêm da pasta base de cocaína. É fundamentalmente você colocar nesta pasta base ou querosene, ou gasolina ou cal. E você vai transformar de uma forma muito tosca, com uma tecnologia muito tosca, um subproduto do crack, mais adulterado, que tem as características de ser mais barato, mais poderoso, e mais de fácil acesso para o usuário", explica Ronaldo Laranjeira, psiquiatra da Unifesp.

    O oxi entrou no Brasil há sete anos pelas fronteiras que o Acre faz com a Bolívia e o Peru. Ficou restrito ao norte do país até este ano, quando se espalhou por diversos estados. A primeira apreensão de oxi na cidade de São Paulo foi em março deste ano de 2011. É possível que o oxi já existisse antes?

    "Eu acredito firmemente nisso. É muito provável que esse produto já estivesse em circulação pelo menos naquela região da cracolândia há mais tempo", acredita Wagner Giudice, diretor do Denarc.

    Quando você fuma o oxi, o querosene provoca náuseas, vômitos, tosse, sensação de sufocamento, tremores e até convulsões. Os vapores de cal irritam os olhos, provocam perda parcial da visão e cegueira. O oxi queima por onde passa. Boca, garganta, brônquios e pulmões ardem. Você pensa que está fumando cocaína, mas na verdade está se envenenando com querosene e cal.

    "Quando ele vai ser queimado fica o resíduo da não queima de parte da querosene. A fumaça que sai é a fumaça que vai ser inalada. Querosene, cal. E nós temos o resíduo que sobra, uma espécie de uma graxa. O cheiro de combustível pela queima do querosene. A sobra é esse líquido oleoso, conhecida como oxi ou oxidado porque ele fica realmente oxidado", explica um delegado.

    "Eu acredito que o oxi pode alcançar muito rapidamente os consumidores de crack. O crack alcançou mais de 90% das cidades brasileiras por ser uma droga conhecida como barata. O oxi é mais barato do que o crack", acredita Wagner Giudice, diretor do Denarc.

    "Fizeram uma pesquisa de um ano com cerca de cem usuários e constataram que, em um ano, 30% desses usuários acabaram morrendo em razão dos efeitos dessa droga lá no Acre. Hoje, o oxi chega em uma zona onde o pessoal já está com graves problemas de saúde. A maioria dos que estão na Cracolândia sofre de AIDS, sofre de tuberculose, e, por incrível que pareça, sarna, em razão da promiscuidade que eles estão vivendo. Então o oxi entrando em um campo desses realmente vai causar mais malefícios", alerta Reinaldo Corrêa, delegado do Denarc.

    Marcos Antônio é um usuário de oxi e crack em tratamento. A dependência o fez roubar objetos da família e morar na Cracolândia.

    "Passei três noites lá. Eu vi crianças de 7 anos de idade na fissura, ameaçando pessoas para dar um trago. Por ele ser muito barato, está entrando como uma avalanche no mercado. Lá na Cracolândia você compra trago por R$ 0,50. A gente se sente uma escória, a gente se sente um verme ali",
    conta Marcos. "Vi que eu precisava me internar no momento em que vi meus filhos abandonados. Tenho duas filhas adolescentes."

    Uma droga devastadora como o oxi destruirá um número incalculável de usuários e famílias. Dependência química não é caso de polícia. É doença que precisa ser enfrentada com medidas preventivas e assistência médica para tratamento dos dependentes. Estamos diante de uma tragédia anunciada: o oxi. Ainda dá tempo para reagir.

    domingo, 8 de maio de 2011

    Conexão Repórter - OXI, Uma Droga que Ameaça


    Programa Conexão Repórter, exibido em 11/11/2010. Nessa edição o programa exibido no SBT teve como tema: OXI, Uma Droga que Ameaça.

    Conexão Repórter apresenta uma investigação inédita e exclusiva sobre uma nova droga que ameaça o país: o Oxi. Roberto Cabrini e sua equipe percorrem as fronteiras do Brasil e mostram que droga é essa, como ela funciona no organismo, porque está avançando rapidamente no Brasil e como entra no território nacional.
    Confira o programa em 4 partes nos vídeos a seguir:









    No site do Conexão Repórter você também encontra um texto com a reportagem na integra alem de outras informações.

    Vale a pena conferir!

    sexta-feira, 6 de maio de 2011

    A propagação do Oxi pelo Brasil

    Mais forte do que o crack, óxi chega a São Paulo após se espalhar por dez Estados

    Do UOL Notícias 

    Ainda desconhecido pela maioria da população, o óxi ou oxidado, uma droga parecida com o crack, só que mais devastadora, já se espalhou por dez Estados do país e recentemente chegou a São Paulo. Assim como o crack, o princípio ativo do óxi é a pasta base da folha de coca. Enquanto o crack é obtido a partir da mistura e queima da pasta base com bicarbonato de sódio e amoníaco, no óxi são utilizados cal virgem e algum combustível, como querosene, gasolina e até água de bateria --substâncias que barateiam o custo do entorpecente.

    O óxi é inalado ou fumado, assim como o crack, na lata ou no cachimbo. A droga é produzida na Bolívia e no Peru e começou a entrar no Brasil em 2005 pelo interior do Acre. Em pouco tempo, chegou a Rio Branco, onde atualmente há um número elevado de usuários, e se espalhou para outras capitais da região Norte, como Manaus (Amazonas), Belém (Pará), Macapá (Amapá) e Porto Velho (Rondônia).

    Nos últimos meses, houve apreensões e registros de usuários em Goiás, Distrito Federal, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Piauí --onde foram confirmadas 18 mortes só neste ano por conta do uso do óxi. Há rumores da circulação da droga no Mato Grosso, Maranhão e Paraná, embora não haja registros oficiais.

    A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), subordinada ao Ministério da Justiça, informou que pesquisadores do órgão registraram a circulação da droga em Santos (SP), mas não forneceu mais detalhes. Na capital, não há registros de usuários de óxi no SUS (Sistema Único de Saúde), segundo a Secretaria de Estado da Saúde. A Secretaria Municipal da Saúde da capital paulista, que faz um trabalho com usuário de drogas na Cracolândia, região central, também afirma não ter encontrado a droga.

    Oficialmente, o Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) da Polícia Civil ainda não fez apreensões da droga. Segundo o órgão, no entanto, o óxi já pode ter sido apreendido, mas não foi diferenciado em razão de sua semelhança com o crack. A maior diferença na aparência entre as duas drogas é a cor mais amarelada do óxi, enquanto a pedra do crack é mais clara.


    • Composição da droga  

    - Pasta base da folha de coca

    - Cal virgem

    - Combustível, como querosene, gasolina e até álcool de bateria


    O delegado Reinaldo Corrêa, da Divisão de Prevenção e Educação (Dipe) do Denarc, cita um episódio ocorrido em março deste ano, em que foram apreendidos 200 kg de crack em um laboratório no Ipiranga, zona sul de São Paulo. Na ocasião, a polícia prendeu oito mulheres contratadas em Alagoas para empacotar a droga, além de seis homens que compravam a droga no atacado na Bolívia. Na época, o Denarc anunciou que a apreensão era de crack, mas segundo Corrêa, tudo indica que, na verdade, tratava-se de óxi.

    “Os investigadores queimaram algumas pedras para analisar o material e a substância soltou uma espécie de óleo, que é um resíduo do querosene do óxi que o crack não solta. Só foi registrado como crack porque os investigadores não sabiam da existência do óxi. Agora, qualquer coisa que a gente apreender, vamos ficar de olho”, afirmou o delegado.

    Ainda segundo Corrêa, pedras estão sendo vendidas na cracolândia por R$ 2 a R$ 5, valor inferior ao que normalmente o crack é comercializado (entre R$ 7 e R$ 10), o que pode ser um indício do comércio de óxi. Também há relatos não-oficiais de uso de óxi na região da avenida Jornalista Roberto Marinho, na zona sul da capital. “Se olharmos o percurso da droga, o próximo destino é São Paulo, que é o grande centro
    consumidor de crack. Nada impede que o óxi chegue aqui”, disse.


    • Efeitos e danos ao organismo

    A pasta base é feita a partir da trituração da folha de coca, encontrada nos países andinos (Bolívia, Peru, Colômbia e Equador). Para obter a pasta base, utiliza-se ácido sulfúrico e outros componentes tóxicos. No óxi, a pasta base é misturada com combustível e cal virgem, componentes corrosivos e extremamente danosos ao organismo.

    A droga inalada chega ao cérebro entre 7 e 9 segundos, apenas, e acelera o metabolismo do usuário, causando sensações de euforia, depressão, medo e paranoia. Diferente da cocaína, os efeitos duram pouco tempo, no máximo 10 minutos. Essas circunstâncias obrigam o drogado a inalar o óxi repetidamente para manter o “barato”, o que aumenta as agressões ao organismo.

    De acordo com o psiquiatra Pablo Roig, diretor de uma clínica particular de recuperação de drogados, o que torna o óxi mais letal que o crack é, em primeiro lugar, os componentes adicionais --cal e combustível-- e, em segundo, a quantidade do princípio ativo da cocaína, que no óxi é de 60% do composto, um pouco superior ao encontrado no crack.

    “São substâncias com alta toxicidade, que causam dificuldades na respiração, fibroses e endurecimento do pulmão. Afetam o sistema cardiorrespiratório e promovem uma vasoconstrição muito intensa. Muitos usuários têm perda de consciência, o que leva a uma parada cardíaca e ao coma”, afirma o médico.

    A maioria dos usuários intercala as inaladas com doses de álcool para controlar a sensação de abstinência causada pela droga, o que ataca o fígado e o sistema digestivo, fazendo com que os usuários tenham diarreia e vômito. Muitos usuários de óxi apresentam aparência amarela por conta dos efeitos da droga no fígado.

    “O álcool com a substância da cocaína forma o cocaetileno, que pode provocar esteatose hepática (gordura no fígado) e cirrose”, diz Roig. O cocaetileno também é uma substância tóxica para o miocárdio, o que pode também provocar morte súbita.

    Ainda não há um estudo sobre a letalidade do óxi. Nos próximos dias, a Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com o Ministério da Justiça, divulgará um amplo estudo sobre o crack que também deve abordar o óxi. No entanto, segundo o delegado do Denarc, em média 30% dos usuários da droga não sobrevivem após um ano de uso.
     

    segunda-feira, 25 de abril de 2011

    Relato - Como o tráfico pode atrair você?

    Em mais um relato retirado do site A Casa Caiu, veja como Maria Clégia, hoje, em liberdade, foi atraída pelo tráfico de drogas, e seu relato de quando passou longos anos encarcerada no Conjunto Penal de Jequié.




    quinta-feira, 21 de abril de 2011

    Profissão Repórter - Álcool e os Jovens


    Mais um programa Profissão repórter, exibido em 19/04/2011. Nessa edição vem trazendo o assunto Jovens e o Álcool.

    "O Profissão Repórter foi às ruas para investigar porque o jovem brasileiro está bebendo cada vez mais cedo e cada vez mais.Em São Paulo, universitários esvaziam garrafas e garrafa em vez de estudar. Em Porto Alegre, os jovens vão para a noite, mas não conseguem se divertir. Em Bragança Paulista, em uma festa de peão de boiadeiro, cerca de 20 atendimentos ocorrem em 40 minutos, e o descontrole faz lotar o posto médico. Pais e universidade falam sobre abuso de álcool entre jovens."

    Confira o programa em 4 partes nos vídeos a seguir:









    • Entidades voltadas ao atendimento de alcoólicos e familiares


    Grupo de pessoas que se reúne diariamente para dividir suas experiências alcoólicas com os colegas. Nos depoimentos, os membros e visitantes falam sobre o que a bebida fez em suas vidas e como deixaram o vício.

    Os Alcoólicos Anônimos se encontram para partilhar e manter a sobriedade através da abstinência total de ingestão de bebidas alcoólicas. O A.A. não tem relação com qualquer organização religiosa.


    O Al-anon oferece ajudas aos familiares e colegas de alcoólatras. A comunidade é formada por pessoas que dividem, em reuniões semanais, dificuldades em lidar com a doença do alcoólico.

    Os alcoólatras não compõem o grupo, pois a comunidade presta assistência aos familiares, que posteriormente com os grupos de auto-ajuda, vão encontrar a melhor maneira de auxiliar a recuperação do dependente.

    O Al-anon é uma comunidade espalhada por todo o mundo e está no Brasil há 65 anos.
    No site da comunidade, há um mapa do Brasil onde é possível encontrar as unidades nas principais regiões do país.

    É um programa de apoio e orientação voltado para os familiares e dependentes químicos.

    As reuniões acontecem semanalmente. Nos encontros, são discutidas as dificuldades do próprio dependente e da família em lidar com o vício. Os membros trocam experiências e soluções.

    O Amor Exigente existe há 26 anos. Há unidades implantadas em várias regiões do Brasil.


    Os núcleos prestam atendimento à saúde mental, desenvolvem acompanhamento clínico e introduz os usuários na sociedade por meio de atividades ligadas ao trabalho, diversão, lazer, convivência familiar e comunitário, e  por meio do exercício dos direitos civis.

    O atendimento é realizado diariamente, na tentativa de evitar as internações em hospitais psiquiátricos. Os Centros de Atenção Psicossocial estão introduzidos em todo o país.
    Fonte: G1

    segunda-feira, 18 de abril de 2011

    Brasil comemora 10 de reforma psiquiátrica

    Brasil comemora dez anos da reforma psiquiátrica com avanços na assistência à saúde mental pelo SUS.

    No mês em que o Brasil comemora a primeira década da lei que formalizou a Reforma Psiquiátrica no país, o Ministério da Saúde apresenta avanços na assistência aos brasileiros com transtornos mentais e habilita mais 19 municípios no programa De Volta Para Casa. As ações previstas no programa estão inseridas em um conjunto de medidas integradas de atendimento, tratamento e amparo aos pacientes com este tipo de diagnóstico médico. A Portaria 769 que habilita os 19 municípios – localizados em cinco estados das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste – publicado no Diário Oficial da União da última quinta-feira (14).

    O programa De Volta Para Casa foi criado pelo governo federal em 2003 e já beneficia mais de 3,7 mil brasileiros em 614 municípios, que devem solicitar adesão à medida. O programa consiste em um auxílio financeiro mensal (per capita) de R$ 320 para os pacientes que receberam alta hospitalar após um histórico de internação psiquiátrica. Só em 2010, o Ministério da Saúde – coordenador da Política Nacional de Saúde Mental, que é executada pelas secretarias municipais de saúde – investiu R$ 13,8 milhões no programa De Volta Para Casa. Confira, ao final do texto, a relação dos 19 municípios habilitados a receber o benefício.

    A REFORMA – Nos últimos dez anos, o Sistema Único de Saúde (SUS) avançou na assistência e no tratamento aos brasileiros com transtornos mentais. A reforma psiquiátrica, iniciada há cerca de vinte anos e formalizada pela Lei 10.216/01, impulsionou a construção de um modelo humanizado de atenção integral na rede pública de saúde, que mudou o foco da hospitalização como centro ou única possibilidade de tratamento aos pacientes.

    Consciente que este é o modelo mais adequado para o cuidado dos pacientes, o governo federal – coordenador das políticas nacionais de saúde – introduziu no SUS novas medidas complementares de tratamento aos brasileiros com transtornos mentais, inclusive a dependentes químicos, sem desconsiderar a assistência hospitalar para os casos em que o diagnóstico médico demanda tratamento medicamentoso e internação.

    “As internações hospitalares devem, portanto, serem vistas dentro de uma concepção ampliada de atendimento, que vai desde a assistência primária (em unidades básicas de saúde ou por meio de equipes de Saúde Família) até o atendimento mais especializado nos Centros de Atenção Psicossocial”, afirma o coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Roberto Tykanori.

    OS AVANÇOS – Atualmente, a atenção especializada em saúde mental é oferecida no SUS por meio de 1.620 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) implementados em todos os estados. Essa quantidade de CAPS é quase quatro vezes maior que em 2002, quando o país contava com 424 Centros.

    “Os CAPS reforçam a rede integrada de atenção em saúde mental. São locais preparados para o cuidado e a reabilitação dos pacientes – inclusive, os dependentes de álcool e drogas – contribuindo para a reinserção desses brasileiros à sociedade”, explica Roberto Tykanori.

    As equipes que atuam nos Centros são formadas por médicos psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e outros profissionais de saúde. Só nos CAPS, foram registrados, em 2010, 21 milhões de atendimentos ambulatoriais em saúde mental – 50 vezes maior que a quantidade deste tipo de assistência prestada em 2002 (423 mil procedimentos). Especificamente para crianças e adolescentes, os atendimentos nos CAPS infantis saltaram de 12,2 mil, em 2002, para 1,2 milhão, ano passado.

    REDE DE ASSISTÊNCIA – Além dos CAPS, a rede de atenção integrada em saúde mental também conta com os atendimentos oferecidos por meio das Equipes de Saúde da Família (quase 32 mil equipes em todo o país), das Casas de Acolhimento Transitório (CATs), dos Consultórios de Rua e das Comunidades Terapêuticas.

    “A concepção de atendimento humanizado e em rede tem como foco o respeito aos direitos civis e à liberdade dos pacientes”, destaca Roberto Tykanori. “Este conceito representa uma mudança de postura, que privilegia o convívio com a família e a comunidade”, completa o coordenador nacional de Saúde Mental.

    Na rede hospitalar, estão disponíveis 32.735 leitos. A eles, somam-se outros cerca de dois mil leitos nos CAPS, nas CATs e nas Comunidades Terapêuticas. Todos eles recebem recursos financeiros do governo federal.

    O gráfico abaixo demonstra que a assistência à saúde mental no SUS está afinada aos princípios da reforma psiquiátrica:

     
    INVESTIMENTOS CRESCENTES – Além de inserir todas essas possibilidades de tratamento em saúde mental no SUS, o governo federal também aumentou em 31,85%, em 2009, o valor das diárias pagas por paciente internado.

    Além disso, foi criado, neste mesmo ano, um incentivo financeiro para internações curtas (de até 20 dias), cujos valores aumentaram até 20% – um impacto anual de R$ 170 milhões no orçamento do Ministério da Saúde. De 2002 a 2011, os recursos federais destinados à Política Nacional de Saúde Mental cresceram três vezes (quase 200%) – saltando de R$ 620 milhões para R$ 1,8 bilhão ao ano. 

     Fonte: Ministério da Saúde

    sábado, 16 de abril de 2011

    Cocaína

    A cocaína é um psicotrópico, pois age no Sistema Nervoso Central, isto é, sua atuação é no cérebro e na medula espinhal, exatamente nos órgãos que comandam os pensamentos e as ações das pessoas.

    Há dois tipos de envenenamento pela cocaína: um caracterizado pelo colapso circulatório e, o outro, pela intoxicação do Sistema Nervoso Central - o cérebro, que é o órgão da mente.

    A respiração, primeiro é estimulada e, depois decai. A morte advém devido ao colapso cardíaco.
    As alucinações cocaínicas são terríveis: no início, um pouco de prazer, mas com o decorrer do tempo, o usuário pode ouvir zumbidos de insetos, queixando-se de desagradável cheiro de carrapatos; sente pequenos animais imaginários, como vermes e piolho, rastejando embaixo de sua pele, e as coceiras ou comichões quase o levam à loucura. Nos casos agudos de intoxicação, pode haver perfuração do septo nasal, quando a droga é aspirada ou friccionada nas narinas; e queda dos dentes, quando a fricção for nas gengivas.

    A maneira como a cocaína é usada pode ter influência nos efeitos. Quanto mais rápido a cocaína é absorvida e enviada para o cérebro, maior será a euforia experimentada. O reforço do próprio uso e a possibilidade de efeitos colaterais também são maiores.

    • Formas de dependência
      
    Mascar folhas de cocaína devagar e continuamente. As folhas de coca apresentam apenas o equivalente a 1% do seu peso de cocaína, portanto são engolidas quantidades relativamente pequenas ao mascar. Estes fatores contribuem para manter níveis baixos de cocaína no sangue e, portanto, significamente menos euforia do que a obtida com a cocaína através de outras formas.




     A cocaína extraída das folhas e purificada como um sal (hidroclorido). Nesta forma, a cocaína pode ser absorvida por inalação e pode ser injetada. A inalação (cheirar) produz níveis rápidos e também declives rápidos. Os níveis de cocaína no cérebro, suficientes para surtir efeitos, são atingidos de 3 a 5 minutos. Os efeitos da injeção intravenosa são ainda mais rápidos, menos de um minuto.


    Fumar produz efeitos em um tempo mais curto ainda do que o da injeção intravenosa, normalmente abaixo de 10 segundos. Duas formas de base para a cocaína têm sido usadas para fumar - "freebase" e "crack". Estas formas são quimicamente idênticas, mas são preparadas de forma diferente. "Freebase" refere-se a base isolada em éter depois de tratada com sal dissolvido em água com amônia. O éter é evaporada para obter uma droga muito pura e sólida. "Crack" refere-se à forma não salgada da cocaína isolada numa solução de água, depois de um tratamento de sal dissolvido em água com bicarbonato de sódio. Os pedaços grossos secos têm algumas impurezas e também contêm bicarbonato. Os últimos estouram ou racham (crack) como diz o nome.


    • Tempo de absorção


    terça-feira, 12 de abril de 2011

    Álcool: Droga Lícita

    Quando deparamos com uma propaganda de Cerveja na televisão, ficamos no mínimo atraídos, se não pelo produto em si mais pelas belas garotas, semi nuas que entram em cena para prender a atenção de todos, e acabamos maravilhados com exuberante trabalho de áudio visual, que enche os olhos de quem as vê.

    Para nos adultos é menos impactante, enquanto para os jovens que ainda não tem uma opinião formada a cerca do assunto, se tornam alvos fáceis, e acabam se inserindo no vicio do Álcool, de forma prematura desencadeando um efeito domino que por certo acabará desembocando em outros tipos de drogas as chamadas ilícitas.

    As estatísticas dão conta, de que os jovens estão entrando no vicio do Álcool, muito mais cedo, nas décadas de 80 e 90, era comum os jovens começarem a provar qualquer tipo de bebida alcoólica entre 14 a 15 anos de idade, hoje porem o inicio se da muito mais cedo começam a beber aos 10 a 11 anos de idade, quando seus organismos ainda estão em fase de formação, tornando-os vulneráveis a utilização de outros tipos de drogas.

    Os noticiários de rádio e televisão, dão conta de que 70% dos acidentes tem como causa a ingestão de bebidas alcoólicas, dos quais 50% ocasionam vitimas fatais e 50% deixam as pessoas envolvidas, com seqüelas as vezes irreparáveis, ocasionando um gasto excessivo aos cofres públicos.

    Os homicídios, também tem como foco principal o uso de Álcool onde cerca de 70% dos crimes contra a vida são cometidos por pessoas alcoolizadas e geralmente após as 22 horas, com isto não queremos dizer que quem mata é necessariamente quem esta alcoolizado, mas na maioria das vezes quem perde a vida é quem se encontra em estado de embriaguez, que acaba ficando mais valente, mais sensível se envolvendo em brigas e discussões que geralmente acabam em tragédia.

    Os acidentes de transito no Brasil apresentam dados alarmantes, e matam mais do que as guerras no Oriente médio no Golfo Pérsico, guerra das Malvinas entre outras, aproximadamente 42.000 pessoas morrem por ano vitimas de acidentes de transito, desse percentual 24.000 pessoas morrem de acidentes em estradas, 10.000 morrem no local do acidente e 8.000 são feridos graves que morrem posteriormente, grande parte dessas mortes poderiam ser evitadas se os condutores de veículos fossem mais prudentes, evitando ultrapassagens perigosas e se não houvesse uma grande ingestão de bebida alcoólica ao dirigir.

    Ocorrem pelo menos 723 acidentes por dia nas rodovias pavimentadas brasileiras. Media de 30 por hora ou um a cada dois minutos, ocasionando cerca de 65 mortes por dia nas estradas.

    Em paises desenvolvidos a situação é bem diferente dados de 2003 dão conta que na Alemanha, através do Departamento Federal de Estatística, que morreram nesse ano cerca de 6.606 pessoas vitimas de acidentes automobilísticos, e o de feridos foi de 462.600 pessoas, em Portugal não é diferente no ano de 2002 segundo dados estatístico foi registrado um número de óbitos de 1.469 pessoas vitimas de acidente de transito e um número de 4.770 feridos graves.Pare o mundo quero descer. 

    Fonte: Olhar Direto

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